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A epopéia do micro positivo

Um belo dia de inverno, resolvi que deveria trocar de micro. O monitor velho já tinha pifado uns dias antes, e eu tinha acabado de pegar um freela grande, cheio de arquivos carregados, e pensei que meu micro velhinho, um bla bla com hd de 40gb e 640 mb de Ram, não iria aguentar (não manjo nada de configurações de pc). Comecei a refletir sobre com que meios eu ia comprar um micro novo, porque como sou uma pessoa financeiramente muito responsável, meu cartão de crédito estava e continua com o limite estourado (Deus, eu prometo nunca mais ter um acesso de carência e sair comprando tudo o que vejo na frente). Eis que de repente, não mais que de repente (ha ha ha), tive a brilhante idéia de pedir pro meu pai. Meus amigos dizem que eu abuso do meu pai, mas a minha teoria é que filho é pra sempre, e é sempre bom fazer um agradinho. Claro que ele esquivou pra cá, esquivou pra lá e fugiu - momento ciúme: claro, eu bem entendo, afinal ele acabou de dar um notebook pro meu irmão de 17 anos ! Ok, resolvi comprar nessas lojas que parcelam em 10 vezes sem juros. Num sábado de chuva, e muita ressaca, fui comprar o tal do micro. Um positivo. Legalzinho, tinha uma configuração de hd e Ram que satisfaziam as minhas necessidades a princípio. Sai toda feliz da loja, e não via a hora que o micro chegasse (na teoria, ia demorar apenas 3 dias).
No dia que o micro deveria chegar, briguei com o porteiro, porque de repente a administração do prédio os proibiu de receber encomendas quando o morador está ausente. Problemas condominiais a parte, liguei na loja, e descobri que a data de entrega estava pra dali dois dias, ou seja, já tinha esperado 3 dias, e teria que esperar mais dois. Como ansiedade é uma coisa que domina a minha pessoa, já logo escalei um amigo pra ir comigo buscar na loja (Thi, obrigada!). Cheguei em casa, toda extasiada com o brinquedo novo (batizei ele de Nestor), tirei todos os plastiquinhos e fui encontrar a Isa, que ia instalar o windows naquela mesma noite (Inclusão digital não inclui windows, com ele é pelo menos uns 300 reais mais caro). Ela ligou o micro nos cabos, tudo novo tudo lindo. Na parte de encaixar o monitor no suporte, claro que não deu certo, porque precisa de força bruta e no momento nós concluímos que ninguém inventaria um negócio que precisasse de tanta força. Erramos, ok, somos meninas e não temos força, nem queremos ter, obrigada. Não temos força, mas temos inteligência, e então fizemos uma gambiarra provisória até que resolvesse definitivamente.
Windows instalado, a única pendência era o pé do monitor. Quando no dia seguinte, eu descubro um ponto azul beeeeem no meio da tela. Ok, me informei sobre o que era, e me disseram que era um bla bla bla queimado (ai esqueci o nome). Liguei na loja, e mandaram levar lá pra trocar. Óbvio que eu joguei os isopores e plásticos fora, mas enfim, já dei um jeito.
Sexta a noite, um frio impiedoso, chego e casa disposta a ficar a noite toda aqui quentinha trabalhando. Engano meu, depois de uns 20 minutos com o micro ligado, dá aqueles erros de tela azul (foram 4 em 1 hora). Descobri que era algum erro na configuração da bios, na verdade eu nem sei se era isso, tem sido muita informação nerd nos últimos dias.
Como na sexta a tarde, o Miguel (o nerd da informática da empresa, hehehe) disse pra eu instalar o windows 7, que era bem mais leve (ou menos pesado) que o vista, eu me convenci de instalar. Um outro amigo nerd estava em casa, e disse que se eu arrumasse o cd, ele instalava. Nada disso.
No domingo a noite, convoco a maior diligência, embrulho o Nestor na capa de chuva e vamos rumo a casa do Miguel, com o propósito de comer um pizza enquanto instala o maravilhoso windows 7. Eu juro que eu nunca vi tanto nerd junto em toda a minha vida, nem na época que eu estudava no Cotil e rolava jogos de RPG por todo o campus. O propósito da pizza foi pro beleléu, e resolvemos comer hamburguer (St. Louis, esquina da Batataes com a Aladema Joaquim Eugênio de Lima - maravilhoso, aprovadíssimo). Quando voltamos do almoço pra alguns, jantar pra outros, a instalação do windows estava em 4% - mais uns 40 minutos e tinha ido pra 10%. Como era domingo e já passava da meia noite, resolvi deixar o Nestor dormir lá (com dor no coração), com a promessa de que no dia seguinte, o micro estaria pronto e eu poderia passar pra pegar. Passei o dia na maior saudade do Nestor, e fomos buscar, tava finalizando a instalação ainda, e fomos comer uma pizza. Poréééém, o windows 7 ainda tem um bug, e rola um lance de quando ele fica muito lento, pode tentar mudar a ligação da hd (eu não sei explicar isso também), mas como o micro tá na garantia, não podia abrir o lacre. Resumindo a ópera, Nestorzinho está dormindo fora mais uma noite, e eu tô aqui com o micro velho. Pra quem estava com pressa, necessitada de um micro novo, nada deu certo. Já perdi uma semana nessa brincadeira toda. Agora vai voltar o windows vista, e eu aprendi a lição. Eu sou menina, e sei comprar roupa, tênis... não sei comprar computador e artigos eletrônicos.
Nunca mais vou comprar um micro positivo. E eu odeio a inclusão digital.

Meus sinceros agradecimentos ao Miguel e ao Léo, dois jovens rapazinhos queridos do meu coraçãzinho, que me ajudaram muito nesses dias, cuidando e transportando o Nestor, ouvindo minhas reclamações e rindo da minha cara também (cada um chora por onde sente saudade).


1 comentários:

Anônimo disse...

opa!! pera ai??
eu tava presente em toda epópeia... não mereço agredecimentos não??? no final que descubriu o que o nestor tinha fui eu e os 32 bits!!!
quero meu reconhecimento!!!

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